Governança em Empresas Familiares - Como os herdeiros de empresas familiares estão se organizando para evitar conflitos e perenizar o negócio

terça-feira, 12 de julho de 2016


1 - Criar regras
A ideia é evitar discussões intermináveis, arbitrariedades ou mesmo atritos na hora de tomar decisões difíceis, como se um membro da família deve ou não entrar na empresa.

Exemplo: os controladores de grandes grupos, como o Itaúsa, têm requisitos para um familiar assumir um cargo executivo, como pelo menos três anos de experiência em outra empresa.

2 - Ter ajuda externa
Só regras não bastam para definir algumas situações, como muitos herdeiros que queiram ocupar o mesmo cargo e tenham credenciais semelhantes. Nesses casos, as famílias buscam assessoria externa para validar a decisão final.

Exemplo: os dois copresidentes da incorporadora mineira MRV, filho e sobrinho do fundador, passaram por uma avaliação da consultoria BCG antes de assumir o cargo.


3 - Manter grupos de discussão específicos
A partir da terceira geração, muitas famílias já têm um conselho de família que trata, por exemplo, da preparação dos mais jovens. O conselho de sócios define diretrizes para o patrimônio da família.

Exemplo: os cerca de 60 herdeiros do grupo mineiro Algar têm um conselho de família há oito anos. Em 2015, um conselho de sócios serviu de fórum para discutir perspectivas de retorno do patrimônio da família.

4 - Aproximar os mais jovens
Para que os mais jovens mantenham a proximidade com o negócio, mesmo que não queiram ser executivos, as famílias permitem que eles participem como ouvintes em reuniões do conselho ou ingressem nos programas de estágio.

Exemplo: na fabricante de motores WEG há um programa de estágio específico para jovens herdeiros que cumprem certos pré-requisitos.


Fonte: Especialistas e empresas. Revista Exame. Edição 1116. 22/06/2016.
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